Não fôra o facto de estarmos em plena campanha para as eleições Autárquicas e este comunicado do Presidente ao País, apenas mereceria da minha parte, eventualmente, um sorriso.
Na verdade acho que já todos nos habituámos a ver, na figura mais ou menos ceráfica do Professor Cavaco, alguém que, nada diz, porque não se quer comprometer com nada, sobretudo sem antes consultar os seus conselheiros que, por vezes nem estão ali à mão.Alguém que faz pequenos comentários banais, do dia a dia, nesta ou naquela visita que, ninguém esperaria ouvir de um presidente. Ingenuidade, simplicidade, talvez, faça-se-lhe essa justiça.
Enfim, os meios de comunicação social tem destas coisas, se por um lado permitem levar a informação a todo o lado, por outro são igualmente implacáveis a revelar as fragilidades de cada um, mesmo, não sendo essa, muitas vezes a intenção.
Desta vez porém o Sr. Presidente excedeu-se. Em primeiro lugar e desde logo ao dar ouvidos à intriga, em segundo ao afastar o seu assessor.
Depois não falando antes das eleições e a meu ver muito bem, dada a nítida falta de substância das situações referidas, mas, promentendo falar depois.
Até aqui tudo bem, só que as eleições ainda não terminaram e das duas uma, ou o Professor Cavaco é mais ingénuo do que eu pensava, ou falando nesta altura, pretende interferir nas Autárquicas, numa espécie de pequena vingança contra o PS.
Só que e pelas reacções ouvidas ao longo das últimas horas, vindas dos mais diversos sectores e de pessoas insuspeitas. Talvez o tiro lhe venha a sair pela culatra.
É que todos pudemos ver em directo, as fragilidades e as incoerências do discurso e felizmente o povo português, pode em muitos casos ser iletrado, mas, não é tanso.
O Sr. presidente se queria falar, mantinha o tabu, como tão bem sabia fazer, mais uns dias e falava depois do dia 11. Pelo menos era uma acusação que ninguém lhe faria, a de interferir nas próximas eleições.
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